terça-feira, 22 de janeiro de 2019

TRAGÉDIA QUE NUNCA ESQUECI



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TRAGÉDIA QUE NUNCA ESQUECI
Estávamos em dia de Domingo de Páscoa, de 1958. Foi encontrar-me com o meu primo Luís Cordeiro, o Luís do Casal, precisamente no Casal Foz, para irmos a mais um bailarico, precisamente no Toxofal.
Era já noite, noite de chuva muito miudinha, género de poalha, firmamento bastante enevoado, a equacionarmos se poderíamos romper de bicicleta.
Ali na reentrância onde se situava a “taberna” do Maximino, dois motociclistas amigos da então Vila de Peniche, por acaso, ali se encontram, já que ali na altura, era um verdadeiro entreposto, onde desemboca a estrada que vem do Bombarral, naquela que vai de Lisboa a Peniche.
Tudo bem, houve conversa de confraternização. A certa altura, um dos amigos seguiu viagem e despediu-se afavelmente, como é óbvio.
Embora com o tempo enevoado, a atmosfera parecia rota, o som do motor ouvia-se, até que deixou de se fazer sentir. Afinal o veículo tinha avariado, logo ao passar o Casal do Veríssimo.
O condutor desmontou e tentou remediar a avaria. Entretanto o outro amigo partia também rumo a Peniche. Eu e meu primo ainda estávamos por ali, quando ouvimos um estrondo, desde logo pensamos em desastre.
Só um pouco depois soubemos o que de facto se passara:
- foi então que soubemos que o segundo motociclista, embateu no amigo, que tentava remediar a avaria, causando-lhe a morte, porque  então não fora ainda decretado a sinalização luminosa para estes casos.
Eis como se deu uma tragédia, na estrada, entre amigos, que ainda hoje, ao recordar impressiona.
Daniel Costa