sábado, 3 de novembro de 2018

POEMA NOITES DE LUAR

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NOITES DE LUAR

Chegara o Verão
No redondel da eira
Ao luar havia sempre serão
Eram belas as noites de então
Havia calcadoiros de pão
Os trilhos puxados por bois
Rodavam!...
Vá castanho!...
Bora cabano!...
Com forcados de madeira e ventos
O cereal da palha se separava
Em altos palheiros a desafiar
Intempéries, aguardando ficava
De alguma e outros materiais
A cabana se fabricava
Nas noites de acalmia, ali se dormia
Era, pernoitar ao luar
Em noites felizes de outros mundos
Guardar a eira, mais as inocentes
Anedotas que os vizinhos.
Como o, Zé Pedro, traziam
Eram um rir a fio
Tinha a Gigliola Cinquetti
Vencido o Festival da Eurovisão
O Zé diz: agora casou!
Sabem porque de ser Cinquetti deixou?
Perdeu três
Quarenta e sete adoptou
Depois chegava o milho
Grupos, juntavam-se a escarapelar
De novo, em noites, de luar
Vinham os manguais
Homens aos pares certinhos
Com força até acabar
Pareciam fazer facho
Acima, abaixo!...
Tudo se passava à vista do mar
Em belas noites de luar


Daniel Costa

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